Por que escolher Cáceres?
Cáceres-MT localizado na microrregião do Alto Pantanal o município faz fronteira com a Bolívia e é a principal cidade mato-grossense abrangida pelo Pantanal.
Em uma das regiões mais privilegiadas do pantanal mato-grossense, ostenta os maiores pontos turísticos do estado, com a grandiosidade e a beleza do Rio Paraguai e seus afluentes.
Se desenvolve em torno da pesca esportiva sendo sede do Festival Internacional de Pesca Esportiva, registrado no Guinness Book como o maior campeonato de pesca do mundo.
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História de Cáceres
A vila de São Luís de Cáceres foi fundada em 6 de outubro de 1778 pelo tenente de Dragões Antônio Pinto Rego e Carvalho, por determinação do quarto governador e capitão general da capitania de Mato Grosso, Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres.
Cáceres, com o nome de Vila-Maria do Paraguai, em homenagem à rainha reinante de Portugal. No início, o povoado de Cáceres não passava de uma aldeia, centrada em torno da igrejinha de São Luís de França (Luís IX de França). A Fazenda Jacobina destacava-se na primeira metade do século XIX por ser a maior da província de Mato Grosso em termos de área e produção. Foi lá que Sabino Vieira, chefe da Sabinada, a malograda Conjuração baiana, refugiou-se e veio a morrer em 1846.
O historiador Natalino Ferreira Mendes conta em seus livros que, em meados do século passado, Vila-Maria do Paraguai experimentou algum progresso, graças ao advento do ciclo da indústria extrativa, que tinha seus principais produtos no gado, na borracha e na ipecacuanha, o ouro negro da floresta, e à abertura da navegação fluvial.
As razões para a fundação do povoado foram a necessidade de defesa e incremento da fronteira sudoeste de Mato Grosso; a comunicação entre Vila Bela da Santíssima Trindade e Cuiabá e, pelo Rio Paraguai, com a capitania de São Paulo; e a fertilidade do solo no local, com abundantes recursos hídricos.
Em 1860, Vila-Maria do Paraguai já contava com sua Câmara Municipal, mas só em 1874 foi elevada à categoria de cidade, com o nome de São Luiz de Cáceres, em homenagem ao padroeiro e ao fundador da cidade.
Em 1938, o município passou a se chamar apenas Cáceres. Em fevereiro de 1883, foi assentado na Praça da Matriz, atual Barão do Rio Branco, o Marco do Jauru, comemorativo do Tratado de Madrid, de 1750. Junto com a Catedral de São Luís cuja construção teve início em 1919, mas só foi concluída em 65, os dois monumentos estão até hoje entre os principais atrativos turísticos da cidade.
Nesse período da história brasileira, as cidades acumulavam também o Poder Judiciário. E territorialmente, Cáceres abrangia toda a região sudoeste do Estado do Mato Grosso.
A navegação pelo Rio Paraguai desenvolveu o comércio com Corumbá, Cuiabá e outras praças, e o incremento das atividades agropecuárias e extrativistas fez surgir os estabelecimentos industriais representados pelas usinas de açúcar e as charqueadas de Descalvados e Barranco Vermelho, de grande expressão em suas épocas.
Em 1914, São Luís de Cáceres recebeu a visita do ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, que participava da Expedição Roosevelt-Rondon.
Conta-se que ele ficou encantado com o comércio local, cujo carro-chefe era a loja "Ao Anjo da Ventura", de propriedade da firma José Dulce & Cia, que também era dona do vapor Etrúria.
As lanchas que deixavam Cáceres com destino a Corumbá levavam poaia (ou ipecacuanha), borracha e produtos como charque e couro de animais e voltavam carregadas de mercadorias finas, como sedas, cristais e louças vindas da Europa.
No início de 1927, Cáceres viveu dois acontecimentos marcantes: a passagem da Coluna Prestes por seus arredores, que provocou a fuga de muitos moradores, e o pouso do hidroavião italiano Santa Maria, o primeiro a sobrevoar Mato Grosso.
A partir de 1950, as mudanças passaram a ser mais rápidas. No início dos anos 1960, foi construída a ponte Marechal Rondon, sobre o Rio Paraguai, que facilitou a expansão em direção ao noroeste do Estado.
A chegada de uma nova leva migratória, causada pelo desenvolvimento agrícola que projetou polo de produção no Estado e no pais, mudou o perfil de Cáceres, cuja ligação com a capital, Cuiabá, foi se intensificando à medida que melhoravam as condições da estrada ligando as duas cidades.
É nesse período que ocorre a emancipação dos novos núcleos sócio-econômicos.
Assim, emanciparam-se de Cáceres: o distrito de Mirassol d'Oeste, Salto do Céu, Jauru, Porto Esperidião, São José dos Quatro Marcos, Araputanga, Reserva do Cabaçal, Figueirópolis d'Oeste, Porto Estrela, Lambari d'Oeste e Rio Branco.
Como cidade fundada no século XVIII, Cáceres possui inúmeros prédios e elementos arquitetônicos de alta relevância, teve parte do perímetro do centro do município tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2010.
Além do Centro Histórico, foram tombadas fazendas, usinas, e sítios arqueológicos. Cáceres destaca-se, especialmente, por retratar em sua arquitetura diferentes fases vividas desde a colonização da América Portuguesa até os dias atuais, tendo desde edificações em perfeito estado de conservação, até prédios em estado avançado de degradação, seja por ação humana ou do tempo.
A Tipologia Colonial foi introduzida na América Portuguesa no período que vai de 1530 até 1830, importando e adaptando as correntes de estilo presentes na Europa à realidade de materiais, mão de obra e técnicas locais, utilizando taipa e adobe, sem grandes atributos decorativos, e apresentando batentes de portas e janelas de madeira larga, tendo função estrutural.
Introduzido principalmente pela missão artística trazida por D. João VI em 1816, destacou-se como o estilo próprio do período monárquico brasileiro, porém sendo introduzido em Cáceres apenas no final do século XIX.
Tem como principais características o pé-direito alto, colunas e frisos inspirados na Grécia e Roma antigas, portas e janelas com bandeira em arco, frontões, platibanda ocultando o telhado, e cimalhas. Este estilo destacou-se nas casas da elite local e nas casas comerciais locais.
Popularizou-se no Brasil por volta de 1880, próximo ao final do reinado de D. Pedro II e procurava reviver as formas góticas medievais, em contraste com os estilos clássicos dominantes naquele período.
Caracteriza-se pelo verticalismo dos edifícios, em substituição ao horizontalismo romântico, paredes mais leves e finas, janelas predominantes, torres ornadas por rosáceas, arco de volta quebrada, torres sineiras em forma de pirâmide, e abóbodas de arcos cruzados e ogivas.
Em Cáceres, destaca-se a Catedral São Luiz enquanto exemplo deste estilo, numa tentativa de construir uma réplica da Notre Dame de Paris.
Apesar de ser considerada uma típica cidade pantaneira, Cáceres está situada dentro da Amazônia Legal, que compreende, além de todo o estado de Mato Grosso, mais 8 estados brasileiros (o Pantanal Norte, onde fica Cáceres, é chamado também de Pantanal Amazônico por estar totalmente inserido na Amazônia Legal).
O município se divide em quatro distritos: Cáceres/Sede, Santo Antonio do Caramujo, Horizonte D´Oeste e Vila Aparecida. (redação dada pela Lei Orgânica de Cáceres, Título I).
O clima é tropical semiúmido, apresentando temperatura média anual de 26 °C. Possui duas estações bem definidas, uma chuvosa, entre outubro e abril, e outra seca, de maio a setembro.
As temperaturas médias diminuem entre maio e julho. No inverno, as massas polares atingem com maior frequência a cidade, causando o fenômeno da friagem, fazendo a temperatura cair bruscamente. Casos de geadas são bastante raros.
O verão é quente e úmido, onde chove com frequência, não sendo raro registros de chuvas torrenciais e invernadas. Apesar de o verão ser quente, é entre agosto e outubro (no auge da estiagem) que se registram os valores mais elevados de temperatura, sendo frequentes temperaturas acima dos 37 °C e em alguns dias acima dos 40 °C.
No final desta estação, o ar se torna muito seco, com umidade às vezes chegando próximo à casa dos 10%, e é neste período que as queimadas se alastram.
A pecuária é a principal atividade econômica da cidade, que possui um dos maiores rebanhos de gado do Brasil.
Cáceres possui o único frigorífico de jacaré da América Latina, a COOCRIJAPAN, idealizada e fundada por Huberto Cezar de Moraes Machado. A estrutura conta com 3 criatórios comerciais, um frigorífico e um curtume.
Com o apoio do Sebrae em Mato Grosso por meio do Projeto Animais Silvestres, objetivos vêm sendo obtidos para o desenvolvimento dessa atividade. O projeto iniciado em 2006, além de fomentar a atividade, tem capacitado os produtores, implementando novas tecnologias e principalmente a preservação do meio ambiente.
Cáceres possui ainda indústrias de couro (abate diário de cinco mil cabeças de gado bovino em cinco frigoríficos, quinze laticínios e três curtumes), cana-de-açúcar (duas usinas), madeira (vinte e três mil hectares com plantação de teca e extração de borracha) e mineral (calcário e brita).
Cáceres se destaca no turismo histórico e esportivo.
Encontra-se situada numa das regiões mais privilegiadas do pantanal mato-grossense, visto que ostenta uma das maiores potencialidades turísticas do estado, ou seja, a grandiosidade e a beleza do Rio Paraguai e seus afluentes.
Se desenvolve em torno da pesca esportiva sendo sede de um evento mundial: o Festival Internacional de Pesca Esportiva (FIPe), registrado no Guinness Book como o maior campeonato de pesca do mundo em águas fluviais.